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Grupo de Estudos Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia

ggeict

2º Encontro dos Grupos de Estudo em Ciência, Tecnologia e Sociedade da Unicamp

2º Encontro dos Grupos de Estudo em Ciência, Tecnologia e Sociedade da Unicamp

GAPI, CTeME, GEICT, ICTS, GEOPI e ESCT

O 2o Encontro CTS Unicamp pretende promover uma maior integração entre os grupos de pesquisa: ESCT – Grupo de Estudos da Ciência e da Tecnologia; GAPI – Grupo de Análise de Políticas de Inovação; GEICT – Grupo de Estudos Interdisciplinares da Ciência e Tecnologia; e GEOPI – Grupo de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação, todos vinculados ao Departamento de Política Científica e Tecnológica (IG – UNICAMP); CTeMe – Conhecimento, Tecnologia e Mercado (IFCH – UNICAMP) e; ICTS – Informação, Ciência, Tecnologia e Sociedade (Labjor – Unicamp) que realizam pesquisas sobre diversos temas ligados ao campo interdisciplinar dos Estudos da Ciência, Tecnologia e Sociedade.

Público alvo: O encontro é gratuito e aberto a todos os estudantes e profissionais interessados nos temas em debate.

Data: 28 de abril (terça-feira).

Horário: 9h às 12h – 14h às 17h.

Local: Auditório da AFPU/DGA. Veja como chegar https://www.afpu.unicamp.br/localizacao.php

Programação

Mesa 1 Perspectivas de política científica e tecnológica entre Norte e Sul (9h-10h30)

  1. Daniela Pinheiro/Gapi “O Pensamento Latino-Americano em Ciência, Tecnologia e Sociedade – um Estudo Exploratório”

  2. Daniel Travaina/Geict ““Para o Infinito e Além”? A visão para a Exploração do Espaço e a Política Espacial dos EUA”.

  3. Luisa Moutinho/ESCT Cooperação acadêmica entre a UNICAMP e universidades europeias de 2000 a 2010

Mesa 2 Questões legais, morais e éticas na produção e difusão da ciência (10h30-12h)

  1. Alexandre Meloni/ESCT “Experimentação animal e seus limites: core set e participação pública”

  2. José Augusto/Geopi “O uso do Big Data como ativo estratégico de Propriedade Intelectual e Concorrência na Sociedade da Informação”.

  3. Veronique/ICTS “Ciência Aberta”

Mesa 3 Transformações sociotécnicas: cultura, cidadania e trabalho (14h-15h30)

  1. Rafael Alves/Cteme “Atividade técnica e auto-atividade: trabalho e tecnologia em Simondon e Marx”

  2. Sara Costa/ICTS “Cultura Digital no Brasil: reflexões, relações e as ideias que ecoam entre cultura, tecnologia, ideologia e jornalismo”

  3. Daniela Araújo/Geict “Hackeando o Estado: a atuação da comunidade hacker em projetos de cidadania e transparência governamental”

Mesa 4 Reorganização dos modos de invenção e decisão em C&T (15h30-17h)

  1. Bruna/Gapi “O campo das alternativas sociotécnicas desde a ótica feminista”

  2. Emerson/Cteme “Tecno-estética à luz dos conceitos de invenção e transindividual em Buckminster-Fuller e Gilbert Simondon”

  3. Pedro Massaguer/Geopi “Sistemas de Apoio a Decisão para Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação”

Resumos

O campo das alternativas sociotécnicas desde a ótica feminista” – Bruna Vasconcelos – (GAPI) 

Resumo: Este artigo é parte de uma pesquisa de doutorado em andamento que visa, a partir do campo do Estudos Feministas em Ciência e Tecnologia (EFCT), analisar o desenvolvimento de alternativas sociotécnicas protagonizadas por organizações produtivas de mulheres populares no Brasil. Neste capítulo específico da tese, exploramos as correntes de pensamento sobre a construção de alternativas sociotécnicas, com vistas a analisar seus limites, e principalmente suas potencialidades, na inclusão da dimensão de gênero em seu marco teórico. Três vertentes desse pensamento são portanto analisadas, aquela da Tecnologia Apropriada que ganha notoriedade a partir dos anos 1970 na Europa e EUA, os herdeiros de Gandhi que através da rede Honeybee protagonizam na Índia o debate sobre o termo Inovação Social, e por fim as contribuições Latino-americanas ao tema através do conceito de Tecnologia Social. O foco dessas vertentes no âmbito produtivo, os casos selecionados majoritariamente centrados nas experiências masculinas, assim como o uso de conceitos que não abarcam as dimensões de gênero evidenciam as raízes androcêntricas do pensamento sobre as alternativas sociotécnicas. No entanto, neste capítulo pretendemos destacar como esses são justamente os elementos que potencializam uma aproximação ao debate feminista da tecnologia e permitem caminhar na construção de um marco teórico que aproxime feminismo e uma crítica ao modelo hegemônico de produção tecnológica.

Palavras Chave: Feminismo, Inovação Social, Tecnologia Apropriada, Tecnologias Sociais

O Pensamento Latino-Americano em Ciência, Tecnologia e Sociedade – um Estudo Exploratório – Daniela Pinheiro (GAPI)

Resumo: O trabalho, de caráter qualitativo e exploratório, sintetiza reflexões sobre as obras de autores latino-americanos sobre o campo de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) realizadas no âmbito do projeto “O Pensamento Latino-Americano em Ciência, Tecnologia e Sociedade – um Estudo Exploratório”, desenvolvido pelo Grupo de Análise de Políticas de Inovação (GAPI). Através de revisão bibliográfica e realização de entrevistas, buscou-se entender a trajetória intelectual e as contribuições dos principais expoentes do PLACTS para a discussão sobre CTS na América Latina. Os autores selecionados foram Amílcar Herrera, Jorge Sábato, Osvaldo Sunkel, José Leite Lopes, Oscar Varsavsky e Fanny Tabak.O Pensamento Latino-Americano em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PLACTS) surgiu de forma autônoma nos anos 1960, concomitantemente ao desenvolvimento das concepções norte-americana e europeia sobre o campo do CTS. Além da discussão sobre a importância da ciência e da tecnologia como elementos fundamentais da estratégia de desenvolvimento nacional, os autores do PLACTS entendem o atraso científico e tecnológico latino-americano como consequência (e não causa) dos constrangimentos econômicos e sociais e dialogam com a Teoria da Dependência e a CEPAL. O trabalho espera apresentar elementos que coloquem o PLACTS como corrente de pensamento original e autônoma e matriz do pensamento latino-americano em CTS.

Palavras Chave: PLACTS, America Latina, Desenvolvimento, liberdade.

HACKEANDO O ESTADO: a atuação da comunidade hacker em projetos de cidadania e transparência governamental” – Daniela Camila de Araujo (GEICT)

Resumo: A discussão em torno da transparência governamental e dos dados abertos tem ganhado força em escala global. Assim como no Brasil, os debates levaram muitos países a adotarem leis de acesso à informação, além de outras medidas de transparência. Contudo, o processamento de grandes volumes de informação, principalmente quando boa parte está em formatos que não permitem a extração e análise dos dados por ferramentas digitais, e o engajamento da sociedade civil ainda são desafios para um programa de transparência e controle social realmente efetivo. Diante desses obstáculos, torna-se importante a atuação de intermediários que tenham condições de traduzir os dados e aproximar os setores da sociedade civil. Nesse papel, tem grande importância a atuação de comunidades hackers, que vêm construindo espaços de colaboração on-line e off-line para o desenvolvimento de projetos que auxiliem a visualização e análise de dados provenientes de instituições públicas e sejam também canais de diálogo e participação dos cidadãos. O objetivo do projeto de tese é mapear os projetos e comunidades hackers que se dedicam a projetos de transparência governamental e dados abertos, com o intuito de compreender de que forma tais grupos podem ou estão contribuindo para uma maior abertura dos dados públicos e para o estímulo à participação popular nos processos democráticos. Dessa forma, a pesquisa procura discutir como as tecnologias de informação se relacionam com ações de democracia e cidadania.

Palavras-chave: democracia digital, hackers, controle social, democracia participativa, dados abertos. ““Para o Infinito e Além”? A visão para a Exploração do Espaço e a Política Espacial dos EUA”. – Daniel Travaina (GEICT)

Resumo: Em janeiro de 2004, o então presidente dos Estados Unidos George W. Bush anunciou uma grande reformulação do programa espacial norte americano. As diretrizes foram apresentadas em um documento intitulado The Vision for Space Exploration e tinham como eixo central a retomada dos grandes projetos de exploração com especial ênfase à presença humana contínua no espaço, colocando os EUA na condição de líderes da conquista humana do Sistema Solar. No presente trabalho realizaremos uma leitura história e sociológica da política espacial entre 2004, data da publicação da VSE e 2010, data da publicação da política espacial da administração Obama, buscando pontuar as relações entre a VSE, a crise de confiança geral pela qual passavam os EUA (eleições de 2000, 11 de Setembro, explosão da Columbia) e alguns valores culturais fundamentais da sociedade americana, tais como a ideia de excepcionalidade, o Destino Manifesto e o “mito do oeste selvagem”, expresso pelos conceitos de wilderness e frontier. Nessa perspectiva, buscaremos demonstrar que o uso desses valores basais norte-americanos ocorre como contraponto a um contexto de enfraquecimento e profunda desconfiança nacional e internacional.

Palavras-chave: NASA; Espaço; Bush; EUA

Cooperação acadêmica entre a UNICAMP e universidades européias de 2000 a 2010 – Luisa Moutinho (ESCT)

Resumo: A internacionalização do ensino superior pode ter diversas dimensões, como a mobilidade estudantil, a mobilidade de docentes, a participação em redes internacionais para a pesquisa e o ensino, a internacionalização do Curriculum, a cooperação acadêmica e o estabelecimento de campi em outros países (AVILA 2007).Em relação à cooperação acadêmica, por sua vez, há na literatura análises sobre as relações de centro-periferia, colonialismos e dependência que estariam inscritas nas parcerias.Para o presente projeto de pesquisa, a dimensão que será explorada será a cooperação acadêmica, também chamada de “colaboração acadêmica” (CANTO E HANNAH, 2001) ou cooperação científica. Em se considerando a cooperação acadêmica, a pesquisa se aterá às parcerias feitas entre pesquisadores de instituições brasileiras e de instituições da União Europeia, a fim de se analisar a pertinência teorias dependentistas nas cooperações da atualidade. Eis a pergunta que guiou o estabelecimento deste recorte: como se dá a cooperação acadêmica internacional feita pelo Brasil, no contexto da internacionalização do ensino superior, considerando-se a simetria das relações entre os grupos de pesquisa brasileiros e europeus? Para classificar as relações entre os grupos quanto à sua simetria serão usadas três categorias que correspondem a distintos modelos de cooperação científica: o tradicional, baseado na percepção de ausência de conhecimentos e técnicas em um dos países. O neocolonial, em que há alguma produção acadêmica em um dos países e o objetivo da colaboração é o aumento da qualidade de sua pesquisa. As parcerias horizontais, caracterizadas pela existência de conhecimento prévio dos parceiros para o estabelecimento de expectativas realistas, pelo compartilhamento genuíno das experiências entre eles e a aplicação do conhecimento gerado pelos parceiros de ambos os lados (em oposição à transferência unilateral).

Palavras-chave: internacionalização, cooperação acadêmica, teoria da dependência

Experimentação animal e seus limites: core set e participação pública” – Alexandre Meloni Vicente (ESCT)

Resumo: As controvérsias em ciência e tecnologia são cada vez mais reconhecidas como questões éticas e morais, e não somente técnicas. É o caso da experimentação animal, foco deste trabalho. Visando clarificar quais grupos tiveram seus interesses e reivindicações atendidos e quais foram ignorados, foi efetuada uma análise da legislação do estado de São Paulo sobre o assunto, a partir do referencial teórico dos Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia. O estudo abordou aspectos como a relação entre a comunidade científica, a camada política e o público leigo, a autoridade da ciência e as estratégias para inclusão/exclusão de grupos. Concluiu-se que, apesar dos crescentes questionamentos sobre as consequências sociais, éticas e morais da prática científica, a ciência ainda desempenha um papel central na resolução de controvérsias, ocupando um lugar privilegiado dentro do core set.

Palavras-chave: Core set, Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia, Experimentação Animal, Participação Pública. O uso do Big Data como ativo estratégico de Propriedade Intelectual e Concorrência na Sociedade da Informação” – José Augusto de Lima Prestes (GEOPI)

Resumo: A pesquisa tem por objetivo estudar o uso das bases de dados enriquecidas (Big Data) como um ativo estratégico de Propriedade Intelectual e tentar identificar a sua relevância no mercado em face dos demais concorrentes, com especial enfoque naquilo que poderia ser considerado um uso adequado de tais bases. Também se pretende analisar a situação abordada em um Processo Administrativo julgado em 2014 pelo Ministério da Justiça vis-à-vis o objeto da discussão, pois houve a condenação de uma grande empresa de telefonia atuante no mercado nacional por supostamente ter feito uso de informações indevidamente coletadas dos seus clientes – o que também poderia, em tese, fornecer vantagem significativa sobre os seus concorrentes.

Palavras-chave: Big Data; Propriedade Intelectual; Concorrência.

“Sistemas de Apoio a Decisão para Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação” – Pedro Massaguer (GEOPI)

Resumo: O objetivo desta pesquisa é propor um modelo de seleção de projetos de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (P,D&I) baseado em diferentes condições de incerteza. Assim, esta pesquisa busca identificar os fundamentos teóricos e as tendências metodológicas dos sistemas de apoio à decisão (SAD) com vistas a contribuir na construção de novas metodologias capazes de cooperar com os processos relacionados à gestão da inovação. Atualmente o tema do apoio à decisão voltado a promoção da inovação vem rompendo barreiras e assumiu contornos multidisciplinares que envolvem as disciplinas de ciências econômicas, psicologia, matemática aplicada e programação computacional. Ao associarmos o desenvolvimento de SAD as atividades de P,D&I adicionam-se desafios metodológicos advindos das características específicas  do processo inovador. Desta forma, este projeto busca discutir as especificidades e possibilidades relacionadas ao desenvolvimento de SADs em estudos de caso relacionados com a seleção de projetos de P,D&I e propor um modelo aderente a diferentes classes de projetos em diferentes condições de incerteza. As perguntas de pesquisa que norteiam este projeto são: 1- Como selecionar projetos de P,D&I sob diferentes condições de incerteza? 2- Quais são os fundamentos que devem estar presentes nos sistemas de apoio à decisão em P,D&I?, 3- Qual é o papel das ferramentas de suporte a decisão no gerenciamento da incerteza/risco específicos das atividades de P,D&I? 4- Quais são os desafios e perspectivas relacionados ao desenvolvimento de sistemas de apoio à decisão na era do Big Data?

Palavras chave: Inovação, P&D, Apoio a Decisão; Formação: Psicologia/Administração de empresas “Cultura Digital no Brasil: reflexões, relações e as ideias que ecoam entre cultura, tecnologia, ideologia e jornalismo” –  Sarah Costa Schmidt (ICTS)

Resumo: Especialistas e ativistas da web apontam o ano de 2003 como um momento em que houve uma mudança de cenário para a cultura pensada no âmbito do digital no Brasil. Naquela época, o cantor e expositor da Tropicália Gilberto Gil assumia o cargo de Ministro da Cultura e trazia consigo ativistas digitais. Nesse contexto, o termo “cultura digital” ganhou força política. Boa parte das discussões acerca do tema circulou pelo ambiente da primeira Casa da Cultura Digital (CCD) criada no Brasil, ainda em 2009, na cidade de São Paulo. A CCD, definida por alguns de seus membros como “uma rede”, “uma ideia”, um “laboratório de vivências” e uma “incubadora de redes político-culturais”, abrigou coletivos culturais e ativistas em torno de um espaço comum de trabalho/convivência/discussão. A ideia das casas se espalhou e, nos anos seguintes, foram criadas Casas da Cultura Digital nas cidades de Porto Alegre (RS), Belém (PA) e Campinas (SP). O presente projeto busca levantar ideias, relações e ideologias que circulam entre ativistas da cultura digital. Por meio do método etnográfico, acompanhei eventos, fiz entrevistas e visitas às casas.  Utilizando como base teórica o antropólogo Eric Wolf, o material analisado permitiu apontar relações, inspirações históricas, ideais e elementos do código de ética da cultura digital no Brasil. Percebeu-se, ao longo da pesquisa, que muitos dos ativistas são jornalistas. Mostro a conexão com as ideias da casa e o movimento de um jornalismo praticado fora da redação, sem chefes ou empregados, o que alguns definiram como o “pós-jornalismo”.

Palavras-chave: cultura digital, pós-jornalismo, Casa da Cultura Digital

Ciência Aberta” – Veronique Hourcade (ICTS)

Resumo: O presente trabalho, resultado de uma pesquisa de mestrado em andamento, pretende estudar o movimento Ciência Aberta (Open Science), mais especificamente no Brasil. A partir de sua caracterização, das propostas, ações e questionamentos acreditamos que o movimento põe em xeque uma série de práticas estabelecidas no atual modo de produção de conhecimento. Mais do que compartilhar resultados finais de pesquisa, os defensores de uma ciência aberta apontam a construção coletiva do conhecimento, a abertura de dados brutos, de ferramentas e de práticas para, entre outros, melhorar o desenvolvimento da ciência e ampliar os benefícios para a sociedade. Neste cenário – com amplo desenvolvimento e utilização de Tecnologias da Informação e Comunicação, que facilitam e incentivam a interação, organização de dados e troca de informações de forma cada vez mais acessível (inclusive no que se refere ao aspecto econômico), e a cultura da inovação como  uma clara e forte aposta no desenvolvimento do País por meio da inovação, amparada no sistema de proteção da propriedade intelectual e que é amplamente disseminada no meio acadêmico – qual o papel da Ciência Aberta? O movimento representa um novo modo de produção do conhecimento?

Palavras-chave: ciência aberta, open science, TICs, produção de conhecimento

Atividade técnica e auto-atividade: trabalho e tecnologia em Simondon e Marx” – Rafael Alves da Silva (CTeME)

Resumo: Através da leitura de dois filósofos, pretende-se mobilizar conceitos que permitam pensar as relações entre o humano, a técnica e o trabalho. A obra de Gilbert Simondon será focada nos momentos em que ao tratar da técnica dá novo entendimento ao trabalho e, em Marx, trata-se de destacar, por outro lado, seu entendimento sobre a técnica, perscrutando textos manuscritos não contemplados na necessária síntese de O Capital ou deixados de lado pela leitura engajada na luta de classes. A problemática daindividuação e o conceito de atividade técnica presentes na obra do filósofo francês será agenciada à noção de auto-atividade que aparece em textos menos conhecidos de Marx. Tal aparato teórico permitirá pensar outros modos possíveis de relação com a tecnologia e o trabalho, e entre humanos e não humanos. Além disso, visitar situações como a atividade de um escultor, sua relação com o material e sua reflexão sobre o seu trabalho, ou as ações de quilombolas visando autonomia tecnológica, o modo como encaram a técnica e a transmissão do conhecimento, contribuirá para pensar agenciamentos em que as potências do humano sejam realmente liberadas, o que acontecesse justamente quando a atividade escapa de esquemas prévios de dominação.

Palavras-chave: Técnica; Trabalho; Karl Marx; Gilbert Simondon

“Tecno-estética à luz dos conceitos de invenção e transindividual em Buckminster-Fuller e Gilbert Simondon” – Emerson Freire (CTeME)

Resumo: Recusar a tecnologia como componente fundamental em quaisquer análises sobre a dinâmica da sociedade contemporânea é reduzir ou negligenciar um de seus principais motores. Dois pensadores, cada qual à sua maneira, incorporaram desde o início de suas reflexões a técnica enquanto componente primordial de seus trabalhos: o inventor norte-americano Richard Buckminster Fuller e o filósofo francês, não menos inventor, Gilbert Simondon. Ambos têm ressonâncias importantes na forma de pensar a tecnologia em relação ao social e na maneira de conceber o processo inventivo. Técnica e estética não estão em contraposição ou separadas para ambos, muito menos são componentes hierarquicamente inferiores do conhecimento. A pesquisa de pós-doutorado em andamento procura explorar essas ressonâncias à luz dos conceitos de invenção e de transindividual e, mais ainda, desenvolver ensaios sobre experimentos tecno-estéticos que dialoguem com esses autores e com as problemáticas que envolvem a tecnologia na sociedade atual. Informações adicionais

Para as apresentações haverá Data Show.

O tempo máximo de cada apresentação é de 15 minutos.

As apresentações ocorrerão em blocos. Finalizadas, será aberta a palavra para perguntas e comentários aos membros da mesa. Sites dos Grupos de Pesquisa:

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Grupo de Estudos Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia, 2023. 

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